sábado, 20 de agosto de 2016

RESENHA: Contos da Febre Vermelha – Francis Graciotto.


“Contos da Febre Vermelha” é um conjunto de cinco contos curtos spin offs do livro “Febre Vermelha” do autor brasileiro Francis Graciotto, a obra ainda vai ser lançada em outubro, mas o autor já disponibilizou esses contos em sua conta no Wattpad, para ler clique Aqui, nos contos conhecemos personagens que não aparecem no livro ou tem participações mínimas no mesmo, conhecemos seus destinos no Apocalipse Zumbi Brasileiro, as histórias se passam em cidades como Maragogi, São Paulo,  e Osasco.

Primeiramente esclareço que não costumo resenhar contos, mas como essa historia tem zumbis decide apoiar o projeto, e por serem cinco contos vou deixar minhas impressões sobre eles, um de cada vez.

Casulo;

Em “Casulo” acompanhamos Julia, em mais um dia normal de sua vida, quer dizer quase normal, se não estivesse acontecendo o apocalipse zumbi, Julia sai de casa jurando que chegara atrasada para seu estágio, mais pode nunca conseguir chegar lá.

O conto é escrito em primeira pessoa e o que tenho a dizer inicialmente é que me causou uma confusão mental, ao que me parece a proposta do autor é nos inserir em um loop de repetição que Julia está presa, talvez um tipo de purgatório ou sei lá, em que a personagem está, tendo o mesmo fim a cada nova repetição. Até descobrir isso eu fiquei muito confuso, não sabia se era outra historia dentro da mesma história, foi bem confuso, tirando essa confusão, eu gostei, principalmente do trecho que se passa no ônibus, um pouco de claustrofobia é sempre bom.

Dia do Touro;

Em “Dia do Touro” acompanhamos a versão do apocalipse de dois estudantes universitários de Maringa – PR, ao contrario de seus companheiros de república, eles decidem permanecer em casa e esperar pra ver o que acontece, mas talvez essa não tenha sido a melhor das escolhas, logo eles percebem o quão difícil será se manter nesse novo mundo.

Gostei deste conto, talvez por que ele tenha o final mais asqueroso dos cinco, com um inicio fraco que não me chamou atenção, o conto cresce à medida que degustamos seu enredo, assim como o conto anterior este também tem sua escrita em primeira pessoa.

Assassinato em Maragogi;

Em “Assassinato em Maragogi” conhecemos o destino do Cabo Silveira, um personagem importante no processo de alastramento da doença em “Febre Vermelha”, sendo citado no livro, a personagem ganha no conto um desfecho concreto, e nos ajuda ter uma ideia de como a doença foi chegando a outras partes do país.

Um dos meus contos preferido entre os cinco, este já vem diferente dos anteriores com escrita em terceira pessoa, já serve como uma pequena explicação de como funciona a doença a ser trabalhada no livro, já percebemos que ela não se desenvolve imediatamente.
Era uma vez em Osasco;

Em “Era uma vez em Osasco” acompanhamos um homem vingativo, em busca de fazer justiça com as próprias mãos, após seu irmão ser morto por um grande traficante de Osasco-SP, além de enfrentar Zumbis ele também enfrenta traficantes armados até com AK-47, não sei o que é pior.

Também escrito em terceira pessoa, esse foi o conto que menos gostei, é claro que não poderiam faltar traficantes em um apocalipse zumbi brasileiro, mas achei a historia cansativa, sinceramente não me interessou, a historia de vingança e tal, não me despertou tesão, muito menos os personagens, meu desinteresse foi tanto que me peguei torcendo pra que o protagonista morresse logo e finalizasse a historia.
O Último Andar;

Em “O Último Andar” acompanhamos mais um dia de trabalho de Tássia em uma multinacional na grande São Paulo, enquanto se prepara para mais uma reunião importante vê o apocalipse acontecer diante de seus olhos, a tal doença misteriosa esta mais perto do que ela imagina, presa em seu escritório ela descobrira que os doentes ou zumbis podem não ser seu único problemas.

Também escrita em terceira pessoa, essa história foi uma das melhores dos cinco contos, apesar de lembrar “Elevdor 16” spin off do livro “Vale dos Mortos” do Rodrigo de Oliveira, a historia é diferente e tem um final que talvez não agrade muitos leitores, bem que o autor podia continuar esse conto, com uma revanche da personagem principal, põe ela no livro Francis rs!

Apesar de alguns erros como a falta de algumas palavras, isso acontece até nos melhores livros e nas melhores edições, eu super recomendo os contos, e recomendo também o livro propriamente dito, já tive a oportunidade de ler o prologo do mesmo, e já deu pra ter uma boa previa do que vem por ai.

Quem quiser apoiar o projeto é só dar uma curtida na página oficial do livro no Facebook, ou comprar o seu através da pré-venda no BemFeitoria e já dar sua contribuição para o lançamento.

Para finalizar gostaria de agradecer ao autor, que confiou a min a missão de resenhar seus contos, e de participar e apoiar mais essa produção do gênero que eu adoro, feito no Brasil.

Autor: Francis Graciotto
ISBN: Online (No momento)
Ano: 2016
Páginas: Online (No momento)
Editora: Online (No momento)

Pontuação: ♥ ♥ ♥ ♥  (nota 8)
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