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Sinopse: Areia nos Dentes começa deixando claro tratar-se de um faroeste. Exótico, sim, mas sem duvida um faroeste. Em poucas páginas Antônio Xerxenesky desenha o escaldante vilarejo de Mavrak e uma galeria de personagens que brotam de um filme perdido de Sergio Leone. No centro do palco, duas famílias rivais, os Ramires e os Marlowe, às voltas com um assassinato, desejos de vingança e um segredo guardado no porão. Mas há sinais de que há muito mais por vir do que os elementos clássicos do bangue-bangue. Um deles é a frase que abre o livro: “E os Mortos voltarão a vida!”. Os crebros ressecados dos habitantes de Mavrak que se cuidem.
Juan
acaba de retornar para sua pequena cidade natal, Mavrak, um vilarejo situado no
coração do deserto cenário perfeito para um faroeste clássico, depois de
passar anos estudando fora, justamente quando seu irmão, Martin, acaba de ser
assassinado, Miguel seu pai suspeita que a família dos Marlowe foram
responsáveis pela morte de seu filho, e as duas famílias que nunca se deram
bem, podem iniciar uma guerra que ultrapassará a linha entre o real e o
sobrenatural.
Descobri
o livro á alguns anos durantes minhas buscas por historias com temática zumbi,
sim leitores, estamos diante de um faroeste com pitadas zumbilescas (acho que
inventei essa palavra), comprei o livro, tentei lê-lo de cara mas o primeiro
capítulo não me atraiu e desisti, agora meses depois retomei a leitura e
constatei que estava enganado, a historia sim começa de forma lenta, chegando a
beirar o tédio mas, a partir de um certo ponto fica muito interessante,
principalmente quando o sobrenatural toma conta.
O
livro é meio confuso, é escrito tanto em formato de primeira pessoa, como o de
terceira pessoa, são duas historias, paralelas, e há o uso de metalinguagem,
acompanhamos tanto as aventuras de Juan do faroeste, quanto à de Juan dos dias
atuais, sendo que este Juan atual curiosamente é o autor da historia do Juan
“Cowboy” do faroeste, sim em certos momentos esse fato te deixa muito confuso
durante a leitura, mas nada que prejudique o entendimento da história.
O
livro não tem capítulos, mas é dividido em duas partes, partes estas
subdivididas entre as duas histórias, a do Juan do passado e a do Juan da
atualidade, possui 136 páginas, também temos trechos escrito em formato
epistolar (diário), e em formato de roteiro, o que me surpreendeu bastante.
O
ponto fraco do livro é o seu ritmo inicial, lento e desinteressante,
principalmente para pessoas como eu que não simpatizam muito com historias de
faroeste, mas seus pontos forte anulam essa característica, é um livro muito
bem escrito, a linguagem usada é clássica, pra quem não está acostumado acaba
tornando a leitura meio que difícil e entediante, e sua segunda parte foi
extremamente deliciosa pra min, com direito a muitas criaturas apodrecidas e
cambaleantes, os zumbis clássicos.
No
final o livro acaba nãos sendo focado em uma guerra entre famílias, ou em um
apocalipse zumbi, no decorrer da leitura você perceberá que o livro trata-se
nada mais na menos, que a relação entre pai e filho, nas relação entre os dois
Juans e seu respectivo pai e filho.
O
livro foi escrito pelo escritor brasileiro Antônio Xerxenesky, e publicado pela editora Rocco o
livro é uma ótima opção não só para os fãs de zumbis, mas também para os
apreciadores de uma boa historia de faroeste.
Autor: Antônio Xerxenesky
ISBN:
978-85-325-2592-5
Ano: 2010
Páginas: 136
Editora: Rocco
Pontuação: 8/10
Editora: Rocco
Pontuação: 8/10